quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Atenção Militares!

Alerj vota hoje aumento para servidores da segurança


Segurança é reforçada na Alerj nesta terça-feira (7) (Foto: Tássia Thum/G1)

A Assembleia Legislativa do (Alerj) vota, na manhã nesta quinta-feira (9), em sessão extraordinária, o projeto de lei 1.184/12, que trata do aumento a servidores das polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros e de agentes penitenciários. O texto do governo do estado, que entrou na pauta de votação na terça-feira (7), mas foi retirado por que recebeu 78 emendas, prevê um reajuste total de quase 39% em 2012 e 2013, com pagamento em três parcelas.
Segundo o projeto original, o aumento seria concedido em outubro de 2013, mas, na quarta-feira (8), a Secretaria de Segurança Pública (Seseg) informou que o governo do Rio autorizou a Assembleia a modificar a proposta para que os salários sejam reajustados em fevereiro de 2013 em 26%. Assim, o reajuste total das categorias será de 39%, entre fevereiro de 2012 e fevereiro 2013.
Emendas ao projeto
Na votação de terça-feira (7), o deputado Marcelo Freixo (Psol) apresentou oito emendas ao projeto de lei do governo, que aumenta os vencimentos das categorias da segurança. Ele argumentou que, em 2013, quando termina o pagamento do aumento, de acordo com a proposta do governo, um soldado da Polícia Militar terá um salário líquido em torno de R$ 1.600. Freixo explica que o valor fica muito abaixo do pleiteado pela categoria.
As entidades de classe das quatro corporações pedem reajuste salarial e a incorporação do piso salarial no valor de R$ 3.500.
A oposição também apresentou emendas para estender o benefício do auxílio-moradia a policiais civis e agentes penitenciários, já que o texto do governo inclui apenas a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros.
Daciolo durante uma das negociações para o fim da greve dos bombeiros, em 2011, no Rio (Foto: Lilian Quaino/ G1)Daciolo durante uma das negociações na Alerj para
o fim da greve dos bombeiros, em 2011, no Rio
(Foto: Lilian Quaino/ G1)
Bombeiro preso
As polícias civil e militar cogitam paralisações a duas semanas do carnaval, caso as reivindicações não sejam atendidas. Na votação da terça-feira, a Alerj estava cercada por grades e com a segurança reforçada. Policiais militares do Batalhão de Choque ocuparam as escadarias e o entorno do local.
O cabo do Corpo de Bombeiros Benevenuto Daciolo, um dos líderes da greve dos bombeiros do ano passado, foi preso na noite de quarta-feira (8) por cometer crime militar. Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros, Sérgio Simões, escutas autorizadas pela Justiça mostraram Daciolo conversando com outras pessoas sobre estratégias para deflagrar greves no estado do Rio de Janeiro.
Daciolo estava em Salvador, na Bahia, reunido com líederes do movimento grevista da Polícia Militar daquele estado. Cristiane Daciolo, mulher de Daciolo, disse que ele foi preso ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, por volta das 22h de quarta. O cabo está preso no presídio Bangu 1, na Zona Oeste da cidade.
O governador Sérgio Cabral pediu ao governo da Bahia as cópias das gravações telefônicas, nas quais o cabo Daciolo planejava estratégias de deflagração de atos grevistas no Rio. As escutas foram exibidas no Jornal Nacional nesta quarta-feira (8).
Ministro
Na quarta-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse  que o governo “está preparado” para possíveis greves de policiais militares de outros estados.

Cardozo afirmou ao G1 que o governo não vai negociar anistia a policiais militares grevistas que cometam atos de vandalismo em qualquer estado da federação. Ele fez a afirmação depois de assistir à exibição, pelo Jornal Nacional, de conversas, gravadas com autorização judicial, em que grevistas da Bahia fazem acertos para a realização de ações de vandalismo. Os policiais militares baianos estão em greve desde 31 de janeiro.

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